Sei que em algum lugar encontrarei o que desejo. Esse desejo tão denso, tão intenso, que pulsa em meu peito. Não irei mais lutar contra ele, sei exatamente do que preciso, mas em vão tento fugir e evitar. Calafrios me cercam, tantas tentativas de fuga e só sei que não preciso mais disso. Sou capaz, imensamente capaz, mas algo me impede. Me pergunto o que será de mim? Alma tão livre. Quero voar. Quero dizer para meus sonhos que irei realizá-los, custe o que custar. Irei sair dessa prisão, sei que vou conseguir lutar contra tudo aquilo que me aprisiona. Só preciso de calma e ouso dizer paciência. É complicado ter paciência. Mais complicado ainda é tentar decifrar meu coração. Sou uma incógnita. Na escuridão monótona me vejo acendendo como a chama de uma vela, ousada, querendo iluminar o máximo que conseguir. É tão doido ser eu. É tão doido viver, mas viver é se aventurar e estar literalmente à mercê. Tantos acasos me surpreendem. Tantas velas acesas me incentivando para que eu consiga. Sei que não vou vacilar quando escurecer. Sei que tudo irá mudar. Em breve.